Publicado em 09/01/2025
Por Elena Souza
Na tarde de ontem, 07/01, a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) recebeu a visita de Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente por seus projetos documentais e fotojornalísticos; de seu filho Juliano Salgado, cineasta e diretor; e do empresário Guilherme Quintella, membro do Conselho Diretor do Instituto Terra (centro de recuperação ambiental fundado por Sebastião Salgado e sua esposa, a editora, curadora e ambientalista Lélia Wanick Salgado).
A visita foi acompanhada por Betty, uma das filhas do casal Mindlin, e recepcionada por Hélio de Seixas Guimarães, vice-diretor da BBM, e por João Cardoso, responsável pela mediação cultural na Biblioteca.
O grupo esteve na Sala dos Grandes Formatos, onde pôde observar algumas obras do acervo e rever projetos doados pelo casal Salgado à Biblioteca. A doação, realizada em 2017, é composta por dois volumes do livro “Gênesis” e um de “Amazônia”, todos esses em edição de colecionador. As obras, publicadas pela editora Taschen, tem design de Lélia Wanick Salgado e são acompanhadas por versões reduzidas, com anexos de índices descritivos das fotos em português.
Gênesis é resultado de uma expedição de 8 anos na qual Sebastião Salgado percorreu paisagens e conheceu diversos povos ao redor do mundo. Os exemplares abrigados pela BBM correspondem à cópia de n. 135 em uma tiragem de 3000, e contém assinatura do autor. Já em Amazônia, estão reunidas imagens que documentam o cotidiano de vários grupos indígenas na floresta cujo nome intitula o livro, registros feitos pelo fotógrafo durante uma viagem de 6 anos pela região.
Essas obras de Sebastião Salgado são uma rica fonte de pesquisa sobre a cultura, em especial a brasileira, e contribuem intimamente com o principal propósito da BBM: disseminar e valorizar os estudos sobre o Brasil.
Os visitantes foram apresentados a outras obras ilustradas, como um conjunto de aquarelas que pertenceram a Feliciano Lana, indígena Tukano. Os desenhos e manuscritos contam sobre o mito da cabeça voadora, assim como explicou Betty, que é antropóloga.
Fotos: Julia Forner